sábado, 18 de agosto de 2012





[ECONOMIA VERDE] 
Vento da discórdia Parques eólicos sofrem resistência no Nordeste
GISELE NEULS







O mercado da energia eólica não para de crescer em todo o  mundo. Por aqui, sua participação na matriz elétrica deve pular  dos atuais 0,5% para 5,4% em dois anos, quando os parques  eólicos passarão a entregar mais de 7 mil megawatts (MW) ao sistema  nacional. Ainda é pouco, se comparado com os 25 mil megawats de  capacidade instalada na China, segundo maior produtor de energia  eólica no mundo. Mas, pelas estimativas da Empresa de Pesquisa  Energética (EPE), no ritmo atual a produção eólica brasileira poderá  passar dos 11 mil MW já em 2016. A boa notícia, entretanto, tem sido  ofuscada por denúncias de desrespeito às comunidades litorâneas e  de impactos negativos no ambiente costeiro.
Os problemas parecem mais acirrados no Ceará e chamaram  a atenção da organização internacional Carbon Trade Watch, que  publicou em maio um relatório sobre os impactos da tecnologia  nas comunidades costeiras [1]. As usinas cearenses detêm mais  da metade da potência instalada no País. Os atuais 518 MW de  potência instalada no estado pularão para 1.818 MW até 2016,  quando entram em operação os contratos feitos nos leilões da  Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) de 2009 a 2011. O  investimento total é de R$ 6,3 bilhões, com participação importante  de investidores portugueses e espanhóis. São 69 usinas com energia contratada nos leilões, distribuídas  em 17 parques eólicos. Maria do Céu de Lima, coordenadora do  Laboratório de Estudos Agrários e Territoriais na Universidade  Federal do Ceará (UFC), diz que a construção das plantas eólicas  segue a mesma lógica dos grandes empreendimentos hidrelétricos  da Amazônia. “A condição de instalação e localização desrespeita  o que há de mais elementar do ponto de vista dos direitos das  comunidades”, afirma. Erguidas nos pontos mais altos das dunas, várias construções bloqueiam o acesso dos pescadores a lagoas,  praias e até mesmo a locais comunitários como cemitérios.
Em um artigo publicado recentemente na Revista FrancoBrasileira de Geografia, Antônio Jeovah de Andrade Meireles, do  Laboratório de Geoecologia da Paisagem da UFC, mostra uma série  de impactos ambientais provocados no litoral cearense. Entre os  problemas estão construções em área de preservação permanente,  desmatamento e terraplanagem em dunas fixas, compactação de  dunas móveis, aterramento de lagoas sazonais, impermeabilização  e compactação do solo e alterações na dinâmica de lençóis freáticos  [2]. Para o pesquisador, faltam monitoramento integrado e análise dos  impactos cumulativos das dezenas de plantas eólicas espalhadas pelo  litoral. Ou seja, a energia é limpa, mas os parques eólicos estão sujos. “É isso mesmo, as plantas estão sujas porque não houve  discussão com as comunidades que iriam passar 20 anos do lado  delas”, reconhece Adão Linhares Muniz, representante da Associação  Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica) na Câmara Setorial de  Energia Eólica do Ceará. Quando as primeiras usinas chegaram, no  início da década de 2000, diz ele, vieram pelas mãos de investidores  que não conheciam a realidade local e não perceberam a importância  de dialogar com as comunidades. “A presença daquele monstro  não foi combinada nem mesmo com as administrações municipais”,  afirma. Os municípios não foram preparados para entender os  impactos negativos, tampouco os positivos, como aumento na  arrecadação do ICMS e do Fundo de Participação dos Municípios. Na época, a reboque do apagão, o estado flexibilizou a legislação  para acelerar o processo de instalação de pequenas centrais elétricas  a carvão, passando a pedir apenas um relatório simplificado de  impactos, regra que valeu também para as eólicas. Mas Muniz diz que isso está mudando. Por meio da Câmara Setorial, empresários  e governo estão estabelecendo regras mais claras de licenciamento  ambiental, nos mesmos moldes exigidos de outros empreendimentos,  como os estudos e relatórios de impacto ambiental, estudos  arqueológicos e patrimoniais. Muniz também afirma que, junto com a  ABEEólica, o setor está investindo em campanhas de esclarecimento  nos municípios e em diálogo com as comunidades.
Para Camila Garcia, do Instituto Terramar, não é o suficiente. As  comunidades precisam de benefícios imediatos e de uma revisão séria  na relação das empresas com as populações locais. Segundo ela, o  cenário ideal seria aquele em que as populações costeiras fossem  ouvidas desde o processo de planejamento dos parques eólicos. “É  necessário que o conhecimento tradicional das comunidades sobre o  ambiente influencie a construção das novas plantas.”


[1] Disponível em bit.ly/NAbDWe.
[2] Mais que um monte de areia, as dunas são barreiras contra a ação de ondas e tempestades no litoral. Elas acumulam e filtram muita água e são fundamentais para a recarga dos aquíferos, além de abrigarem inúmeras espécies de plantas e animais

terça-feira, 22 de março de 2011

Brasil é estratégico para fabricante de equipamento eólico

Autor(es): Josette Goulart | De Paris
Valor Econômico - 22/03/2011
 
Os cerca de dois mil megawatts de capacidade de geração de energia eólica que devem ser instalados no Brasil por ano atraíram tantos fabricantes mundiais de equipamentos ao país que, apesar de as hidrelétricas ainda dominarem a matriz e leilões de energia brasileiros, os fornecedores de aerogeradores já são em maior número do que os de turbinas hidrelétricas.
Uma dezena desses fabricantes disputa acirradamente o mercado brasileiro, que somente com os leilões promovidos nos últimos dez anos deve movimentar aproximadamente R$ 10 bilhões em contratos de fornecimento de equipamentos.
Os olhos se voltaram ao país principalmente depois que a crise mundial reduziu os investimentos na Europa e nos Estados Unidos. Mas esses países começam a se recuperar e até 2015 a capacidade instalada no mundo deve crescer em uma média de 18% segundo estatísticas da GWEC (Global Wind Energy Council) e em menos de cinco anos a capacidade mundial de energia eólica mais que vai dobrar de tamanho, chegando a 450 gigawatts (GW).
Tradicionais fornecedores de equipamentos para todos os tipos de geração de energia estão chegando atrasados neste setor, dominado hoje pelos dinamarqueses da Vestas, os alemães da Wobben e os indianos da Suzlon. É o caso da gigante Alstom , que é hoje líder do mercado mundial de turbinas hidrelétricas e nucleares e é a segunda na fabricação de turbinas térmicas, mas está no setor eólico ocupando uma distante 11ª posição do ranking mundial. Para tentar se aproximar de seus concorrentes, a empresa francesa está construindo, neste ano, duas fábricas. Uma delas fica na Bahia, no Nordeste brasileiro - região que tem grande quantidade de projetos eólicos -, e outra no Sul dos Estados Unidos.
No Brasil, os contratos já firmados são para produzir turbinas capazes de gerar 95 megawatts (MW). O volume contratado na Alstom é muito pequeno levando em conta que o total de projetos leiloados desde 2009 chega próximo a 4.000 MW. Ao decidir instalar a fábrica no Brasil, a Alstom vislumbrou a oportunidade de ter contratos de 200 MW por ano. Mas não será fácil, em função da forte disputa que tem hoje com seus outros concorrentes no país.
"Vai ser difícil ter mercado para tanta gente", diz Marcos Costa, vice-presidente de energia da Alstom no Brasil. "A tendência é que aconteça como no setor hidrelétrico, em que houve uma consolidação entre os fabricantes, e com nossa tradição no setor nós teremos como manter mercado."
A maior fornecedora hoje dos parques que já estão instalados no Brasil e somam 1.000 MW é a Suzlon. A empresa não tem fábrica no país, mas já anunciou o interesse. A alemã Wobben é a mais antiga no Brasil, incentivada pelo programa de energias alternativas do governo (Proinfra), na década de 90. Além disso, a Siemens anunciou fábrica, a GE conquistou diversos contratos e já pensa em produzir aerogreradores no país e a argentina Impsa está ganhando mercado junto com a empresa do grupo que é investidor e que foi a maior vencedora dos leilões de energia. Os espanhóis da Gamesa também estão fortes, com contratos com a Iberdrola e Neoenergia. E até mesmo brasileiros, como a WEG, querem chegar competitivos neste mercado. A empresa nacional anunciou, recentemente, um investimento de R$ 33 milhões em parceria com um grupo espanhol.
A Espanha é tradicional neste setor, tem mais de 20 mil MW de capacidade instalada e, na Europa, só fica atrás da Alemanha. Foi lá que a Alstom, a exemplo do que fez agora a WEG, foi buscar a tecnologia de aerogeradores. Em 2007, os franceses adquiriram a empresa Ecotècnia e suas três fábricas naquele país. O dono da empresa, Miguel Cabré, é hoje o diretor da área no grupo francês. O vice-presidente de hidrelétricas e aerogeradores da empresa, Philippe Couchet, diz que apesar de a empresa estar atrás no ranking mundial aposta que o fato de ser uma empresa global e de estar construindo duas fábricas lhe dará competitividade neste setor.
De acordo com Couchet, um dos focos mundial da companhia na parte de energia eólica será a offshore, em que turbinas são instaladas no meio do mar. A expectativa é de que até 2020 cerca de 50 GW sejam instalados na Europa, apesar de ser uma energia mais cara do que a eólica em terra. Ela custa cerca de € 115 por MWh ante os € 60 e € 70 por MWh da eólica tradicional. Nesse segmento, a Alstom é líder de mercado e, junto com a Siemens, é hoje quem pode fornecer integradamente a transmissão para a energia eólica produzida no mar.

segunda-feira, 21 de março de 2011

RN: um estado movido pela força dos ventos

Por Andrielle Mendes, de O Poti/Diário de Natal

Que os ventos soprem. A frase, dita pelo prefeito de Guamaré, Auricélio dos Santos Teixeira, durante inauguração da Usina de Energia Eólica Alegria 1, esconde, de certa forma, uma inverdade. Os ventos sempre sopraram por aqui. Mas só agora sua força foi transformada em energia, emprego e renda. Em sete meses, Guamaré ganhará o maior parque eólico da América Latina: o Alegria. Composto pelas usinas Alegria 1 e 2, gerará 10% de toda energia consumida no Rio Grande do Norte com capacidade suficiente para tornar a capital potiguar autosuficiente em energia elétrica.

Mas ainda é pouco comparado ao que está por vir. Segundo o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Benito Gama, até 2013, o investimento em energia eólica no RN chegará a R$ 8 bilhões, dinheiro suficiente para comprar quase 25 milhões de cestas básicas a R$ 331,89 - menor preço encontrado pelo Procon Natal na primeira semana de março - e alimentar milhares de potiguares que vivem na miséria.

Enquanto investidores veem uma grande chance de obter lucro na instalação dos parques eólicos no Rio Grande do Norte, Benito Gama enxerga uma chance de associar desenvolvimento econômico e social. Isso viria por meio do aluguel/arrendamento de áreas, principalmente no semi-árido potiguar; da arrecadação de tributos, como o ICMS; e da geração de emprego e renda.

Nos próximos anos, potiguares, com ou sem renda, assistirão a instalação de várias empresas estrangeiras no estado. Entretanto, eles poderão ficar a ver navios, ou melhor, turbinas, se o governo não agir. Para aproveitar a mão de obra local, o governo do estado vai criar um Centro de Tecnologia Internacional de Energia Eólica. O centro será montado em parceria com o governo federal e empresas do ramo eólico. As negociações já começaram. "O RN possui uma das melhores jazidas de vento do Brasil, e este é o principal combustível para o estado continuar liderando a implantação das centrais eólicas", afirma Everaldo Feitosa, PhD em Energia Eólica pela Universidade de Southampton, na Inglaterra e diretor da Eólica Tecnologia, uma das empresas controladoras do Parque Alegria.

No entanto, para liderar este processo, segundo Everaldo, o estado precisa melhorar sua infraestrutura. "Dois pontos merecem atenção. O primeiro é a infraestrutura de conexão elétrica. O segundo ponto é a organização do setor fundiário, que precisa da intervenção do governo estadual", revela o investidor que também é vice-presidente da WWEA (World Wind Energy Association, com sede em Bonn, Alemanha) e vice-presidente do WWEI (World Wind Energy Institute, com sede na Dinamarca), em entrevista ao Diário de Natal.

Superando estes obstáculos, o RN aproveitará todo seu potencial, equiparando-se a Dinamarca, país pioneiro em energia eólica e que possui aproximadamente 4 mil megawatts (MW) de capacidade instalada. O especialista explica que a Região Nordeste tem uma área equivalente a 36 "Dinamarcas" e possui um potencial de instalação de energia eólica de 144 mil MW, o que equivale a 1,5 vezes todo o parque gerador existente hoje no Brasil. A maior parte deste potencial está localizada no estado do Rio Grande do Norte.

Segundo projeções do especialista, o Brasil estará entre os cinco maiores produtores de energia eólica do mundo até o ano 2020. "O RN poderá liderar este processo se conseguir construir a infraestrutura elétrica necessária para o escoamento desta imensa quantidade de energia, através de novas linhas de transmissão e subestações. Esta deveria ser uma das prioridades do novo governo estadual, reivindicando estes investimentos por parte do Ministério de Minas e Energia", afirma.

sexta-feira, 18 de março de 2011

Wind market forecast predicts fair breeze ahead

Published: 16 March 2011
A new five-year industry forecast has predicted a pick up in the wind energy market, with more than 40 GW of new capacity being added in 2011.
By 2015, the Global Wind Energy Council (GWEC)'s annual report expects globally installed wind power capacity to have more than doubled to 450 GW from 194.4 GW at the end of 2010.
The 'Global Wind Report: Annual Market Update 2010' assumes an average growth rate of 18.2% per year for wind, compared to 28% cumulative capacity growth over the last decade.
By 2015, annual market additions are expected to reach 60.5 GW, up from 35.8 GW in 2010.
"2010 was a tough year also for our industry, but 2011 is looking up," GWEC Secretary-General Steve Sawyer said in a statement.
"We've paid the price for the 2008/9 financial crisis last year," he added. 2010 saw strong investments in wind power, which at the height of the recession rose 31% on 2009 to $96 billion, a record level.
The main driver of wind market growth is expected to remain China, which made up almost half of the global capacity additions (16.5 GW) last year.
China is expected to surpass the target outlined in its most recent five-year plan of installing 70 GW of new wind power in the next five years. With India's steady growth, GWEC expects a total capacity of 174.6 GW to be operational across Asia by the end of 2010.
Steve Sawyer acknowledged that China's rapid growth had caused Europe's wind sector some difficulties but was still upbeat about future prospects.
"On the one hand, exploiting and developing the new markets in Eastern Europe is one piece of what will allow Europe to get through this," he told EurActiv. "But offshore is where Europe enjoys a very clear technological advantage."
More generally European companies are still market leaders, in Sawyer's eyes. "I don't see that changing in anything other than pure cost terms in the near future," he said.
In the GWEC report, Europe is expected to remain the world's second-largest wind market in the period to 2015, with capacity additions totalling 60 GW, bringing cumulative wind power installations up to 146.1 GW.
Large-scale offshore developments are expected to account for a growing share of the new wind capacity. But little new growth is expected in the North American market, as a result of legislative uncertainty in the US and Canada.
According to Nick Mabey, CEO of the E3G climate consultancy, Europe and Chinese investment in wind power is sending a clear message to the US that "you're behind and now you're going to fall further behind, and you're going to come back and buy our technology in ten years' time".
Optimistically though, GWEC expects a turnaround in the American market by 2014.

 www.euractiv.com

quinta-feira, 17 de março de 2011

Usina solar da Eletrosul deve iniciar operação este ano

Brasil Econômico   (redacao@brasileconomico.com.br) 
17/03/11 07:51
O investimento total estimado é de R$ 10 milhões, com financiamento garantido de € 2,8 milhões do banco alemão
O investimento total estimado é de R$ 10 milhões, com financiamento garantido de € 2,8 milhões do banco alemão
A Lahmeyer International, contratada pela Eletrobras Eletrosul para elaborar o projeto e as especificações técnicas para a construção da sua primeira usina solar, concluiu a fase inicial do trabalho.
Com a finalização do projeto, a previsão é que a licitação seja lançada dentro de dois meses e a usina comece a operar já em 2011.
O projeto Megawatt Solar, que consiste na implantação de um sistema que transforma a energia solar diretamente em energia elétrica por meio de sistemas fotovoltaicos, nasceu de uma parceria entre Eletrobras, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Instituto Ideal, o banco de fomento alemão KfW e a agência alemã de cooperação GTZ.
O investimento total estimado é de R$ 10 milhões, com financiamento garantido de € 2,8 milhões do banco alemão.
Projeto
Na etapa concluída, foram definidas as áreas nas quais as placas solares serão dispostas, a melhor inclinação/orientação solar e as estimativas de capacidade instalada e produção de energia.
A Lahmeyer já está trabalhando na finalização da especificação técnica que vai fornecer as características mínimas dos componentes, padrões de construção e qualidade, além da definição do preço-teto.
Segundo Rafael Takasaki Carvalho, gerente da divisão de planejamento da geração e coordenador do projeto, empresas de países como Alemanha, China e Espanha, além de brasileiras, mostraram interesse no Megawatt Solar.
"O modelo proposto vai permitir a flexibilização dos projetos, o que deve ampliar a competitividade entre os participantes", destacou.

quarta-feira, 16 de março de 2011

New research shows 20 MW wind turbines are feasible

TUESDAY, MARCH 15TH, 2011
20 Megawatt wind turbines are feasible, according to a new report from the EU-funded UpWind project, published today at the EWEA 2011 Annual Event in Brussels. The UpWind project explored the design limits of upscaling wind turbines to 20 Megawatt (MW) and found that they would have rotor diameters of around 200 metres, compared to some 120 metres on today’s 5 MW turbines.
Such turbines could be a solution for expanding Europe’s offshore wind energy capacity, providing several times more electricity at lower costs than today’s turbines.
EWEA forecasts that wind energy will meet 26-34% of Europe’s electricity demand power by 2030, with almost as much electricity coming from offshore turbines as from those onshore.
20 MW machines could be a cost-efficient way of reaching these levels of production. However, according to the UpWind report published today, the 20 MW turbine requires a new, innovative, tailored design to make it work.
“UpWind found that making a 20 MW machine is not as simple as just upscaling today’s 5 MW turbines,” points out Jos Beurskens of the Netherlands’ Energy Research Centre (ECN), who led the project along with the UpWind Coordinator Peter Hjuler Jensen from the Danish Technical University Risoe DTU. “We identified key innovations to the design, materials and way the turbine is operated”, said Beurskens.
Amongst the main innovations UpWind suggests for a 20 MW wind turbine are:
Blades
  • Lowering fatigue loads on blades allows longer and lighter blades to be built. Loads can be lowered in the ways listed below:
  • Fore-bending blades and using more flexible materials – this could lower fatigue loads by 10%.
  • Using individual blade control – this could lower fatigue loads by 20-30%.
  • Putting the blade in two sections (like an aeroplane wing), allowing each to be controlled separately – this could lower fatigue loads by 15%. It also makes it easier to transport the blade.
Adaptation
  • The future smart wind turbine would be able to adapt its position and the pitch of its blade to local wind conditions.
Wind farm layout
  • Lowering the power output of the first row of turbines allows for higher overall wind farm efficiency.
Control and maintenance
  • Putting sensors on one wind turbine allows the fatigue loading on the other turbines to be estimated if the relationship of fatigue loading between the wind turbines is known.
  • Loads can be alleviated preventatively by evaluating the upcoming gust before it arrives at the turbine. A nacelle-mounted LIDAR is sufficiently accurate for wind energy applications.
Although significant research is still needed, Beurskens believes we could see 20 MW turbines in operation by 2020. “Intuitively, I believe we’ll see the 20 MW turbines used within 10 years,” he says.  “That is, providing they are the cheapest option.”
However 20 MW turbines could be an option only on paper if the EU does not invest more in wind energy research, pointed out Christian Kjaer, CEO of the European Wind Energy Association, today as he commented on the project results.
“The findings of UpWind allow the industry to significantly advance its knowledge of how to develop more cost-efficient, larger turbines, expected mostly for the huge expansion of offshore wind energy. However this knowledge will never become a reality if the EU does not make a clear commitment to wind energy research”, he said.
“The industry is committed to funding its share of the  EUR 6 billion European Wind Initiative. It is now time for the EU and Member States to finance their share to ensure the innovations of UpWind and other projects can be further developed and applied.”
POST ADDED BY ADRIAN PAZ

Wind sector keeps up pressure on EU over targets

Published: 15 March 2011
The president of the European Wind Energy Association (EWEA), Arthuros Zervos, has called for the EU to adopt a binding renewable energy target of 30% for 2030.

BACKGROUND

The EU agreed a new Renewable Energies Directive in December 2008, which turned into law its binding target to source 20% of the bloc's energy from renewable sources by 2020.
In October 2009, EU leaders endorsed a long-term target of reducing collective developed country emissions by 80-95% by 2050 compared to 1990 levels. This was in line with the recommendations of the UN's scientific arm - the Intergovernmental Panel on Climate Change (IPCC) - for preventing catastrophic changes to the Earth's climate.
The European Renewable Energy Council (EREC) believes that at least 45% of the EU's total energy consumption could come from renewable sources by 2030. Wind energy alone could meet 28.5% of Europe's electricity demand by then, according to EWEA's calculations.
Already EU member states' National Renewable Energy Action Plans show wind energy providing over 14% of the bloc's electricity by 2020.
"The wind industry expects to invest some EUR 400 billion in Europe between now and 2030," he warned. "To do so it needs stable and certain EU energy policy."   
According to Christian Kjaer, EWEA's CEO, the continent's wind power sector is "increasingly concerned" about the lack of planning for the post-2020 period.
"It's important that we in the power sector acknowledge that we have a policy vacuum in terms of what's going to happen on 1 January 2021," he writes in a commentary published by EurActiv today(14 March).
"For infrastructure investments, that is problematic," he adds.
Wind energy installations can take up to ten years to build, and investors need to be satisfied that they will be able to sell the energy that is then generated.
"I think that my industry is getting increasingly concerned about installing and planning new projects the closer we get to 2020," Kjaer explains, "so we're suggesting that the [European] Commission starts looking at policies for the period after 2020 now".
By 2020, the EU is committed to reducing greenhouse gas emissions by at least20%, increasing the share of renewable energies in its energy mix by 20% and upping energy efficiency by 20%, all on 1990 levels.
But divisions between member states prevented the emissions reductions targets for 2030 and 2040 laid out in the 2050 Low Carbon Roadmap published last week – 40% and 60% respectively – from being made legally binding.
While lauding the positive elements of the roadmap, Steve Sawyer, secretary-general of the Global Wind Energy Council, agreed that there was a danger of a post-2020 policy vacuum for EU investors and electricity producers alike.
"The current legislation only goes as far as 2020 and while looking 10 years into the future is better than anyone else is doing, it's still not enough," he told EurActiv.
"You need to look 20, 30, 40 years ahead to put in place the policies to get us where we need to be in terms of emissions, energy security and competitiveness."
The 2050 roadmap does forecast a rise in the share of low-carbon technologies in the electricity mix "from around 45% today to around 60% in 2020, including through meeting the renewable energy target, to 75 to 80% in 2030, and nearly 100% in 2050".
But radical as this sounds, the goals are not obligatory and there are no specific targets for renewables.
"It is clear that at the recent energy summit and in energy ministers meetings afterwards, nuclear and gas and coal were labelled as low-carbon technologies," Kjaer writes.
"There is a push or an intention to classify every existing power generating technology as low carbon - including coal, by including CCS (carbon capture and storage)."
To counter this, he proposed a "technology-neutral emissions performance standard" to start in 2015, which would be set slightly above a new gas plant - at about 350 grams per kilowatt hour - and reduced over time.  
"And then let the market decide who can deliver carbon-free electricity the cheapest," he said.

POSITIONS

In a message to the EWEA 2011 conference, Herman van Rompuy, president of the European Council, said: "An important step will be to consider what happens after the current successful policies run out in 2020."
Jerzy Buzek, president of the European Parliament, said: "EU energy policy needs long-term decisions, not just to achieve our 2020 commitments, but also to create certainty for industry on the road to a low-carbon economy and to 80% cuts in greenhouse gas emissions by 2050."




EurActiv Today: http://me.lt/7t8cT