sábado, 12 de fevereiro de 2011

Energia eólica ganha espaço no Brasil


Novo leilão está previsto para junho. Oferta partirá de patamar entre 6 mil e 9 mil MW
10/2/2011

O governo realiza até junho um novo leilão de energia eólica e deverá partir de uma oferta de 6 mil e 9 mil megawatts (MW). Segundo o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tomalsquim, a quantia se refere à capacidade de empresas que estavam habilitadas para fornecer energia no último leilão, em 2010, e que não foram contratadas ou não tinham a documentação em dia.
Para participar do leilão , as companhias devem se cadastrar na EPE e apresentar estudos sobre o vento, comprovar posse de terreno, licença ambiental, entre outras exigências. No primeiro leilão,em 2009, foram contratados 1.800 MW. Em 2010 foram mais 2.050MW.
Tomalsquim ressaltou que o preço da energia eólica está cada vez mais atraente. No primeiro leilão o governo esperava lances com um teto de R$200 e contratou a R$157, com deságio de 21%, considerando valores ajustados em janeiro de 2011. No segundo leilão de fontes alternativas o deságio foi de 26%.
A EPE calcula que o preço médio de todas as energias contratadas em leilões nos oito anos do governo Lula foi de R$126 o MM/h. "A energia hídrica está a R$103. Depois, a fonte mais barata é a eólica (R$144), com custo menor que o das termelétricas", disse. "Como não se pode ter um sistema só com hidrelétrica e já que há uma complementação sazonal entre as duas (os ventos sopram mais forte na época em que o nível dos reservatórios de água cai), a energia eólica passa a ser uma opção competitiva para atender o suprimento no Brasil." 
O Brasil tem hoje capacidade de geração de 143 gigawatts com as fontes eólicas, que equivalem a 53% do mercado atual de energia ou a 10 Itaipus. As estimativas estão em revisão e podem revelar que há potencial para se produzir até 300 gigawatts no país.

Fonte: ABEEólica

Nenhum comentário:

Postar um comentário