quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

CS Eólica renova diretoria em sua primeira assembleia de 2011

Fortaleza, 16/02/2011. 
A energia eólica continua em ritmo acelerado de crescimento como uma opção complementar de matriz de energia renovável para a matriz brasileira. Surgindo comercialmente em meados dos anos 90, com 17,4 MW, instalados nos parques Prainha (10 MW), Taíba (5 MW) e Praia Mansa (2,4 MW), todos no Ceará e resultantes do primeiro Leilão de compra de energia de fontes renováveis no Brasil, promovido pelo Coelce, quando esta ainda estava sob o controle do Estado do Ceará. Hoje, no Brasil, a energia eólica já conta com 926,89 MW, instalados em 50 parques nos estados do Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraiba, Pernambuco, Rio de janeiro, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Se hoje esta fonte representa apenas 0,82 % da produção de eletricidade do Brasil, em 2013, considerando os projetos já contratados pelos últimos leilões de 2009 e 2010, a matriz eólica brasileira alcançará 3,5 %, e, segundo o presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), Ricardo Simões, o setor prevê que a participação da fonte eólica alcançará os 20 % em 2020. 
Contribuindo para a consolidação do setor de geração eólica, a Câmara Setorial de Energia Eólica – CS Eólica, órgão consultivo vinculado à ADECE, criada em 2009, que tem por finalidade apoiar e acompanhar projetos e ações, destinados ao desenvolvimento da cadeia produtiva de energia eólica no Ceará, realizou a sua primeira assembléia de 2011 na última sexta feira, dia 11/02, quando renovou sua diretoria executiva e definiu os temas prioritários para o ano de 2011. O engenheiro mecânico e empresário Adão Linhares Muniz, representante da ABEEÓLICA (Associação Brasileira de Energia Eólica), foi reconduzido como presidente da CS Eólica. O representante do SIMEC (Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico no Estado do Ceará), Fernando Ximenes, foi escolhido primeiro secretário e o representante da ADECE, Jofre freire assumirá o cargo de segundo secretário.
Atualmente, o estado do Ceará tem 17 parques eólicos em operação, os três pioneiros (Prainha, Taiba e Praia Mansa), com 17,4 MW e quatorze contratados pelo PROINFA, um total de 517,4 MW. Outros 26 projetos foram vencedores dos leilões de energia de reserva e de fontes alternativas de 2009 e 2010, com capacidade instalada de 692 MW, estão em fase de implantação.  Juntos estarão em plena operação em 2013 com a capacidade total de 1.209 MW, o equivalente à 35% da demanda total do estado.
Podemos afirmar que a utilização da energia eólica está consolidada no Brasil. Com tarifas competitivas a tendência apontada pelo Governo Federal é que se realizaem leilões anuais. A expectativa do mercado é que sejam contratados mais 2.000 MW através do próximo leilão, já agendado para o segundo trimestre deste ano, realizado pela Empresa de Pesquisa Energética – EPE, vinculada ao Ministério de Minas e Energia.
O leilão será voltado para contratação de fonte eólica tanto na modalidade de energia de reserva, que se caracteriza pela contratação de um volume de energia além do que seria necessário para atender à demanda do mercado, quanto para a modalidade A -3, que atende as demandas das concessionárias de distribuição, todos com inicio de operação prevista para o ano de 2013, com contratos com duração de 20 anos. O preço máximo para submissão de lances ainda não foi definida pelo Governo..
A CS Eólica foi instituída com o intuito de aproximar os parques eólicos das comunidades do seu entorno, explicando seus benefícios e procurando sanar os problemas. Outra atuação da câmara será na promoção de capacitação de profissionais para os novos parques. Referindo-se ao potencial de geração de emprego do setor, pode-se verificar que durante a construção dos parques do PROINFA, foram gerados cinco mil empregos temporários na construção civil e aproximadamente mil empregos diretos foram gerados permanentemente, com a instalação dos parques eólicos no estado do Ceará.
O presidente da ADECE, Francisco Zuza de Oliveira, destaca que a câmara será o espaço para abrigar os principais atores da cadeia produtiva em um mesmo fórum com a autonomia para discutir os problemas do setor, diagnosticá-los e propor as soluções pertinentes, atuando como interlocutor com o Governo do Estado.

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